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Setembro Amarelo: audiência pública debate prevenção do suicídio e autolesão


A secretária-geral da Frente Parlamentar de Prevenção do Suicídio e Automutilação da Câmara Federal, deputada Liziane Bayer promoveu, por meio da Comissão de Seguridade Social e Família, uma audiência pública, nesta manhã (30), para debater sobre a prevenção do suicídio e autolesão, com o objetivo de conscientizar e informar sobre a valorização da vida.


No Brasil, cerca de 11 mil pessoas tiram a própria vida ao ano. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é o quarto motivo mais frequente de mortes e tem aumentado. O crescimento desse tipo de ocorrência foi de 16,8% entre 2007 e 2016, segundo o Ministério da Saúde.

“Com a pandemia, o combate ao suicídio ganhou ainda mais relevância. O que antes era de certa forma um tabu, passou a ser um alerta para toda a sociedade. O confinamento gerou um triste aumento no número de casos de óbitos por esse motivo. Cada vez mais isoladas, as pessoas ficaram deprimidas, sem acesso ao convívio, ainda mais no caso dos idosos”, destacou Liziane.

Recentemente a parlamentar foi nomeada coordenadora do grupo de trabalho que estudará estudando formas de combater o aumento de casos de suicídio, a automutilação e problemas psicológicos em jovens brasileiros. A iniciativa é integrada por 14 parlamentares que representam diversos partidos e vários estados brasileiros. “O encontro de hoje é mais uma ação nesse sentido. Nós temos um problema de saúde pública a ser tratado. Enquanto sociedade, precisamos buscar soluções”, enfatizou.


O evento contou com a participação virtual de especialistas no assunto e autoridades que atuam na pauta de proteção da vida. Na ocasião, além de explanarem sobre os índices de suicídio no Rio Grande do Sul e Brasil também defenderam o fortalecimento das políticas públicas e do trabalho relacionado ao tema.


Acolhimento A presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Suicídio da Assembleia Legislativa gaúcha, deputada estadual Franciane Bayer, apresentou um breve resumo dos trabalhos que tem realizado no Estado em relação ao tema. Além de frisar que a promoção, o debate e o esclarecimento de todos em relação à valorização da vida pode ser uma alternativa para que a sociedade identifique estes sinais e possa agir em tempo de salvar vidas.

Franciane é autora da Lei 15.701, que institui oficialmente no Rio Grande do Sul a campanha de valorização da vida Setembro Amarelo e o Dia Estadual de Prevenção ao Suicido. “Não há uma receita certa para detectar quando uma pessoa está pensando em tirar a própria vida. Mas o indivíduo em sofrimento deixa sinais que devem chamar a atenção dos familiares e amigos. Precisamos estar mais próximos, dispostos a escutar para identificar os sinais, falar e agir”, ressaltou.


Já a Secretária Nacional da Família, Angela Gandra Martins, destacou o papel da família, que deve ser valorizada, em suas palavras. "É necessário que os governos coloquem a família como protagonista de todas as políticas públicas. A família pode atuar junto à raiz do problema e trabalhar para evitar a morte de tantas pessoas", comentou.


Doenças mentais Para evitar o suicídio, a Psicoterapeuta e especialista em saúde mental, Andrea Chaves, defendeu o tratamento adequado de doenças mentais e a criação de campanhas e políticas voltadas ao tema. “Saúde mental é pilar para uma boa qualidade de vida. Precisamos cuidar da saúde mental como cuidamos das demais áreas da nossa vida”, frisou.


O Psiquiatra e professor de Medicina Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Christian Kieling, explanou dados sobre os índices de suicídio em crianças e adolescentes. Na oportunidade alertou a necessidade de inovar e estudar mais os transtornos mentais que, de fato, estão ligados ao suicídio. “Precisamos olhar de frente para o fenômeno do suicídio, inclusive em crianças e adolescentes, e poder falar sem estigmas sobre os transtornos mentais,” finalizou.


Também foram painelistas: a coordenadora do Núcleo de Vigilância em Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Andreia Volkmer; o representante da Escola da Felicidade e Centro de Valorização da Vida, Elias Lacerda; o coordenador Geral de Medidas Socioeducativas e Programas Intersetoriais, Francisco Xavier; a psicóloga Leila Da Silva Furquim; a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro; o secretário Nacional de Cuidados e Prevenção às Drogas/Ministério da Cidadania, Quirino Cordeiro; e o coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas/Secretaria de Atenção Primária á Saúde do Ministério da Saúde, Rafael Bernardon Ribeiro.


Ajuda O Centro de Valorização da Vida (CVV) se coloca à disposição para ouvir pessoas que se sentem sozinhas e querem compartilhar seus sentimentos com alguém, por meio do número de telefone 188 ou pelo chat online: www.cvv.org.br. Ajuda profissional pode ainda ser buscada nos CAPS.




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